Insetos em torno da lâmpada!

Mesmo sem o laço matrimonial que por definição caracteriza de fato a hipergamia, a política cearense vem se mostrando como um verdadeiro estratagema para políticos sem votos e sem escrúpulos conseguirem subir, se manter no poder ou ao menos no mandato.

Verdadeiros estelionatos eleitorais ambulantes. Homens e mulheres vazios de carisma e estratégia política que precisam de uma escada ou uma muleta para subir ou continuar caminhando.

Discurso e prática cheios de frivolidades e sem objetivo, sustentados a base do velho e tradicional clientelismo.

Filhotismo a flor da pele, independente da carga genética trazida no DNA ou da certidão de união estável política.

Criaturas que se nutrem de dopamina barata para em troca do prazer de se proclamar parlamentar se submetem aos mais humilhantes papéis do teatro político. ( Figurantes e gargantas de aluguel parlamentar )

Seres despersonalizados de baixa autoestima e muita vaidade, quase que contraditoriamente dizem serem parte de um grupo, quando na realidade precisam jurar vassalagem ao seu senhor e ainda para continuarem na função de "capitão do mato" precisam promover o açoite dos seus antigos pares para evitar que consigam de alguma forrma o favor ou a simpatia do senhor do feudo político.

Relativisam valores, trapaceiam, apunhalam amigos, enganam aliados, apenas para poderem continuar sentados na janela da condução ou mais especificamente na cadeira das Câmaras ou Assembleias da vida.

Tudo o que fazem é narrado e descrito com fortes doses de eufemismo, pois na prática a conduta desses indivíduos é no mínimo asquerosa.

Na música "Blues da Piedade" o saudoso poeta e compositor brasileiro, Agenor de Miranda Araújo Neto, mais conhecido como Cazuza, define bem esse personagem político quando diz em uma estrofe do poema; "Vamos pedir piedade, senhor piedade... Pros miseráveis que vagam pelo mundo derrotados... Pra quem vê a luz, mas não ilumina suas minicertezas... Fica esperando alguém que caiba no seu sonho, como varizes que vão aumentando, como insetos em torno da lâmpada."

Por fim, os entendedores, entenderão!

Viva Cazuza!!!