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Desmatamento da Amazônia - Uma Fraude Contra o Brasil

Por Dr Edmar Fernandes

Por Mais Ceará em 05/06/2021 às 11:53:20

Sempre este assunto vem à tona. Desmatamento para cá, queimadas lá na Amazônia, mas o Brasil desponta como a maior potência ecológica do mundo, apesar das críticas insistentes contra. Tem 85% da floresta nativa, utiliza 80 % de toda a energia elétrica que consome de forma limpa (hidrelétricas) e, ainda, alimenta cerca de 1,5 bilhão de pessoas com 8% de sua terra. O Brasil tem mais florestas que os Estados Unidos, Canadá e Rússia cujo território é o dobro do brasileiro. A área de matas preservadas é o dobro da mundial. A Amazônia real, mantém 98% da sua vegetação natural intocada.

Algumas personalidades mal-informadas ou mal-intencionadas atrapalham o debate quando postam mentiras sobre o assunto. O ator Leonardo Di Caprio, a modelo Gisele Bündchen e o atrapalhado Presidente francês Emmanuel Macron já utilizaram uma foto da década de 70 de uma área sob fogo como se fosse atual. O presidente francês chegou a dizer que é um caso de "crise internacional" e que deveria ser discutido com os países do G7 de forma emergencial. Muitas fotos de animais queimados são de outras localidades como da Califórnia e São Paulo. Um vídeo que mostrava uma mulher indígena chorando enquanto apontava para as chamas que foi divulgado por celebridades é, na verdade, de uma mulher da tribo da região metropolitana de Belo Horizonte-MG. Até o jogador Cristiano Ronaldo denunciando as queimadas da Floresta Amazônica que seria responsável pela produção de mais de 20% do oxigênio mundial,postou uma foto que é de um incêndio na Reserva Ecológica do Taim, no Rio Grande do Sul ocorrido em 2013.

Quando se fala de desmatamento, parece que, somente, existe floresta sendo devastada aqui no Brasil, mas esquecem os outros países. Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), nos sete primeiros meses de 2020, houve um aumento de 44% no número de queimadas na América do Sul, comparando com o mesmo período do ano anterior. Esse crescimento foi maior na Argentina (286%), Uruguai (177%), Paraguai (129%) e, no Brasil, pasmem, 4%! A China responde por 27,9% da emissão dos gases do efeito estufa. Ninguém fala nisso. O Brasil aparece com 1,3% das emissões. Por que não se fala do aquecimento global causado pela China?

Se for falar de queimadas em um país continental como o Brasil, tem que entender a diferença entre absoluto e relativo e compreender que o número de queimadas por quilômetro quadrado é mais importante, a título de comparação e estudo, que o número absoluto de eventos. De janeiro até julho de 2020, o Brasil registrou cinco queimadas por 1000 quilômetros quadrados, ao passo que a Venezuela registrou 38 pontos de calor na mesma área; o Paraguai, 36; a Colômbia, 17; e a Argentina, 10.

Parece que o desmatamento sempre piora na Amazônia, mas, houve queda de 7% nas queimadas em 2020 em comparativo com os primeiros sete primeiros meses de 2019.

Os incêndios, que são espontâneos, não acontecem na Amazônia uma vez que a floresta é úmida. A queimada, por outro lado, é uma tecnologia agrícola muito utilizada pelos pequenos agricultores da região. O acesso às tecnologias mais modernas,podem ajudar a diminuir esta prática, mas o produtor precisa de meios para poder adotar as tecnologias.

A legalidade é uma forma eficaz de diminuir as queimadas. Cerca de 95% dos produtores rurais registrados no Cadastro Ambiental Rural (CAR) não promovem nenhum foco de calor nas suas propriedades. Na grande maioria das vezes, os pontos de calor são notificados em áreas não incluídas no CAR.

Outro ponto importante: produção rural pelo povo local. Existe 1 milhão de produtores rurais na Amazônia, a produção é insignificante para o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, mas, é a sobrevivência do povo da região. O produtor rural pode utilizar 20% do seu imóvel para a produção autorizado pelo Código Florestal, deixando 80% com vegetação nativa, mas, não querem que ele use esses 20% por estarem na Amazônia. Outro detalhe: é preciso dar atenção aos cultivos perenes na Amazônia, como o cacau, dendê e seringueiras. A mídia internacional só tem associado a região ao desmatamento, mas, os estados são grandes produtores de cacau, dendê, açaí, soja, milho, algodão, café e mandioca. Nem todo produto do extrativismo tem o comportamento vantajoso do açaí. Para ajudar esta Bioeconomia, estes pequenos produtores da Amazônia precisam de modernização, por meio da oferta de novas tecnologias, barateamento do calcário e mecanização agrícola, entre outras medidas.

O Brasil é um país campeão na produção de comércio de produtos agrícolas e tem incomodadopaíses no primeiro mundo que têm encontrado dificuldades de aumentar a sua área cultivada por falta de espaço, o que o Brasil tem de sobra. Nosso país tem batido recordes na produção de grãos, mas, a sua área plantada não seguiu este crescimento. Em 1975, era de 40 milhões de hectares, para uma produção de 40 milhões de toneladas; atualmente, está em torno de 65 milhões de hectares para uma produção seis vezes maior – em 2020, a safra recorde de grãos foi de 255 milhões de toneladas. Na agropecuária, as exportações de carnes aumentaram 90% com a produção 42% maior em uma área 10% menor. Por isto que pode se afirmar que o agronegócio protegeu 310 milhões de hectares do desmatamento em três décadas. O aumento da produtividade fez com que a área fosse poupada desmatamento ou devolvida para recomposição da vegetação natural. Existem 500 milhões de hectares, ou 60% de todo o território nacional que não estão ocupados por qualquer estabelecimento rural - imaginem uma economia pujante considerando que o agronegócio produz cada vez mais no mesmo espaço.

Há décadas, acreditou-se que poderíamos viver em uma época de escassez de comida, mas, atualmente, o Brasil produz por ano, alimentos para mais de 1 bilhão de pessoas, ou cinco vezes a própria população. Tornou-se um dos maiores produtores de comida do mundo: maior exportador de soja, carne, frango, açúcar e café. Colhem-se três safras por ano.

Este país que dá certo está incomodando os grandes e, nesta guerra econômica, não medem esforços ou mentiras para ganharem. Uma das principais medidas é insistir que a Amazônia está sendo destruída devido os interesses do agronegócio e, por isto, irá acabar com o oxigênio do planeta e envenenar o mundo com agrotóxicos. Ameaçam cortar investimentos ou boicotar o país contra a produção rural brasileira. Sem esquecer das inúmeras ONGs que precisam de causas para ganharem investimento - principais veiculadoras de mentiras como acima referidas. É uma fraude maciça contra o Brasil.

Fonte: Dr Edmar Fernandes

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