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Governadores pedem a Bolsonaro "diálogo diplomático" com China e Índia para acelerar vacinação

Por Mais Ceará em 20/01/2021 às 16:17:38

Diante do imbróglio envolvendo o envio de doses da vacina da Universidade de Oxford e da AstraZeneca e da importação de insumos necessários para a produção dos imunizantes contra a Covid-19, governadores de 16 estados protocolaram um ofício, nesta quarta-feira, 20, pedindo ao presidente Jair Bolsonaro que adote "diálogo diplomático" com Índia e China visando "assegurar a continuidade do processo de imunização no país". O Brasil dispõe apenas de 6 milhões de doses da CoronaVac – a imunização foi iniciada no domingo, 17, no estado de São Paulo, pouco depois de a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizar o uso emergencial das duas vacinas.

"Os governadores dos Entes Federados brasileiros que subscrevem este expediente dirigem-se a Vossa Excelência a fim de tratar da premente necessidade de manutenção do fornecimento externo dos insumos empregos na produção de vacinas contra a Covid-19 no Brasil. Nesse sentido, solicitam a essa Presidência que seja avaliada a possibilidade de estabelecimento de diálogo diplomático com os governos dos países provedores dos referidos insumos, sobretudo China e Índia, para assegura a continuidade do processo de imunização no país", diz um trecho do documento, obtido pela Jovem Pan. Assinam o ofício os governadores Wellington Dias (Piauí), coordenador do Fórum Nacional dos Governadores na temática da vacinação, Renan filho (Alagoas), Waldez Góes (Amapá), Camilo Santana (Ceará), Renato Casagrande (Espírito Santos), Flávio Dino (Maranhão), Mauro Mendes (Mato Grosso), Romeu Zema (Minas Gerais), Helder Barbalho (Pará), João Azevêdo (Paraíba), Paulo Câmara (Pernambuco), Fátima Bezerra (Rio Grande do Norte), Eduardo Leite (Rio Grande do Sul), João Doria (São Paulo) e Belivaldo Chagas (Sergipe).

Como a Jovem Pan mostrou, os governadores também discutem a reserva da segunda dose daCoronavac, para garantir que as primeiras pessoas imunizadas não fiquem sem a segunda parte do imunizante. O motivo é simples: há o temor de que a vacinação seja interrompida em razão da escassez de insumos. Em mensagem enviada aos demais governadores, Wellington Dias recomendou que os secretários municipais de saúde e prefeitos sejam orientados a priorizar quem já foi imunizado. O governo Bolsonaro negocia a importação de 2 milhões de doses adquiridas do laboratório indiano Serum, que manufatura a fórmula desenvolvida pela AstraZeneca, mas o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou, em coletiva de imprensa nesta segunda-feira, 18, que "não há resposta" até o momento.

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Fonte: JP

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