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Bolsonaro não vai incentivar vacinação para Covid por ser contra obrigatoriedade, diz Pazuello

Por Mais Ceará em 17/12/2020 às 17:51:26

Pazuello inicialmente disse que as perguntas sobre o presidente deveriam ser dirigidas ao próprio. Em seguida, no entanto, falou que sua posição seria uma forma de reforçar que a vacina não é obrigatória

"Sobre o Presidente ser voluntário ou não, eu acho que é o mesmo enfoque: ele está reforçando a voluntariedade, e não a obrigatoriedade. É uma visão", disse o ministro.

"Eu acho que, se nós observarmos que cada um deve ter o seu processo decisório e ser voluntário ou não para essa ou para aquela vacina, essa é a liberdade que eu acho que o povo brasileiro sempre tem que ter, e nós, sim, temos que trabalhar para mostrar a eficiência, a eficácia, a segurança em campanhas, em todas as mídias, de forma muito clara" afirmou.

"E, sim, nós vamos dar o exemplo, e todos nós, juntos e com outros atores que podem puxar a representação nacional, deverão estar presentes e apoiando essa campanha", completou.

Nesta semana, o presidente afirmou em um programa de televisão que não tomaria a vacina e ponto final.

"Eu não posso falar. Como cidadão é uma coisa e como presidente é outra. Mas como eu nunca fugi da verdade, eu digo: Eu não vou tomar a vacina. Se alguém acha que a minha vida está em risco, o problema é meu e ponto final", disse, em entrevista ao apresentado José Luiz Datena.

A atitude pessoal do presidente durante a pandemia foi objetivo de críticas por parte de diversos senadores. Marcelos Castro (MDB-PI), ex-ministro da Saúde, lembrou a fala de Bolsonaro alegando que a Covid se tratava de uma gripezinha.

"Infelizmente, nós começamos, embora muitos cientistas alertassem para a gravidade do problema, com muitas pessoas numa linha negacionista: que seria uma gripezinha que não iria matar mais do que a H1N1 havia matado no ano anterior, que seriam 780 pessoas, que todo mundo iria pegar esse vírus, que era uma força da natureza, e que o isolamento social seria um desperdício, uma bobagem; e que, por ser uma força da natureza, ela tinha um ciclo autônomo e, com 12 a 13 semanas, findaria", disse.

"Qual é a realidade hoje? Em vez de morrerem menos de mil pessoas, já morreram 184 mil. Em vez de 12 a 13 semanas, nós estamos com 12 a 13 meses".

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Fonte: Banda B

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