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"Governo mostrou que não tem base", diz Evair de Melo sobre derrubada do decreto do saneamento

O plenário da Câmara dos Deputados aprovou, na noite desta quarta-feira, 3, um projeto de decreto legislativo (PDL) que derruba os decretos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que alteraram as regras do Marco Legal do Saneamento Básico.

Por Mais Ceará em 04/05/2023 às 09:35:06

O plenário da Câmara dos Deputados aprovou, na noite desta quarta-feira, 3, um projeto de decreto legislativo (PDL) que derruba os decretos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que alteraram as regras do Marco Legal do Saneamento Básico. O texto foi aprovado com 295 votos a favor e 136 contra. Agora, o texto segue para o Senado, que precisará se posicionar para que as alterações feitas por Lula deixem de valer ou sejam mantidas. Para falar sobre esta nova derrota do governo, o Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, entrevistou o deputado federal Evair de Melo (PP), que é um dos autores do PDL. Para o parlamentar, este é um sinal de que o governo está muito enfraquecido no Legislativo: “Governo mostrou que não tem base, não tem conteúdo. Contava com ativismo judicial para enquadrar o Congresso, mas não conseguiu, salvo que o Congresso tem muito juízo e muita responsabilidade”.

“Todas as hipóteses que o governo tinha para tentar seduzir o Congresso para suas pautas fracassaram. É a primeira vez em nove anos, em plenário, não é nem em comissão, que um PDL derruba um decreto presidencial no início do governo. Talvez seja um fato único que estrategicamente não pode passar desapercebido”, declarou. O deputado gaúcho também falou sobre os impactos políticos da operação da Polícia Federal (PF) que apreendeu os celulares do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na manhã desta quarta-feira, 3. As autoridades apuram se os cartões de vacinação do ex-presidente, familiares e ajudantes foram adulterados para permitir a entrada do grupo nos Estados Unidos, mas ainda "sustentar o discurso voltado aos ataques à vacinação contra a Covid-19", como afirma o comunicado da PF.

Para Evair de Melo, a operação tem total relação com outros eventos acontecidos nesta semana, como a ida do ex-presidente à Agrishow, em Ribeirão Preto, e a tramitação do PL das Fake News: “Em Brasília nada é por acaso. É uma combinação de fatores (…) Depois que tumultuaram a chegada dele aqui em Brasília e impediram que as pessoas pudessem recebê-lo pela porta da frente, na chegada dos Estados Unidos, em Ribeirão Preto foi realmente uma entrada triunfal no meio do povo. Depois, na noite de terça-feira, tivemos ativismo judicial do Supremo e a pressão do governo para poder apoiar o PL das Fake News. O relator, inteligentemente, quando percebeu que ia ter uma derrota massacrante no plenário da Câmara dos Deputados, pediu para fazer a retirada. Óbvio que isso ia ter uma resposta. A resposta foi essa cortina de fumaça, esse show midiático que tentaram fazer ontem, com essa busca e apreensão na casa do presidente Bolsonaro. Isso tinha o objetivo claro, que era tentar coagir o Congresso”

“Eu sou o autor do PDL que ontem derrotou o governo, quando o governo queria destruir o novo marco do saneamento. O governo foi derrotado junto com o Judiciário. Tentaram reagir com a cortina de fumaça coagindo o Congresso e a resposta veio ontem. Isso não pode passar desapercebido. Claro que essa ação de ontem na casa do Bolsonaro é midiática, é uma cortina de fumaça, não há nada que explica essa operação da forma que foi feita ontem. Era para tentar coagir o Brasil ou ocultar as imagens que produzimos em Ribeirão Preto”, argumentou. Para o parlamentar, o governo tem preocupação com a relevância política de Bolsonaro: “A força mostrada por Jair Bolsonaro, e não pode passar desapercebida a sua entrada triunfal em Ribeirão Preto, já projeta preocupação na esquerda brasileira e no atual governo, já olhando para 2026. Foi sim uma operação midiática. Não há necessidade nenhuma, nem policial e nem técnica, para que essas coisas pudessem acontecer”.

O deputado alega que não haveria necessidade de mandados de busca e apreensão porque os investigados poderiam ser convocados pela PF para depor. Mesmo com o decorrer da operação, Evair de Melo ainda acredita que Bolsonaro segue como maior nome da direita no país: “Jair Bolsonaro é o nosso líder da direita no Brasil. Ele é a nossa referência. Óbvio que isso incomoda os meios tradicionais no Brasil, isso incomoda o Judiciário, porque ele tem um debate pela porta da frente com o Judiciário. Nós temos um histórico de políticos que ficaram de joelhos para o Judiciário. Mas o nosso processo democrático permite esse debate e o Bolsonaro sempre fará esse debate pela porta da frente. Isso é um jeito novo de fazer. Ele não tem esse alinhamento com o modelo tradicional, tenho uma boa relação, é um presidente que quando esteve na presidência da República construiu uma base sólida e esse convencimento principalmente com o Brasil que trabalha e que produz, com o Brasil da transparência”. Confira a entrevista completa no vídeo abaixo.

Fonte: JP

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