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"Dá para ganhar essa guerra dentro das 4 linhas", afirma Bolsonaro sobre atos no 7 de setembro

Por Mais Ceará em 02/08/2022 às 13:09:31

O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a convocar atos populares para 7 de setembro, Dia da Independência do Brasil, em entrevista a uma rádio do sul do Brasil e em vídeo para a sua página no YouTube nesta terça-feira, 02. Ele defendeu mais transparência nas eleições, para que a população possa confiar no resultado das urnas em outubro, seja ele qual for. Ele também falou sobre a importância de defender a liberdade individual no país. “A grande preocupação nossa, que acredito que, hoje em dia, a maior parte da população já tem consciência, é sobre a sua liberdade, que é açoitada diariamente por pessoas que deveriam defender a nossa Constituição e fazem exatamente o contrário. Por isso essa provocação nossa. Eu nunca havia convocado movimento de rua. Nós aqui estamos convidando a população para, no dia 7, às 10 horas da manhã, estar aqui em Brasília, no dia 7 de setembro, com a tropa desfilando. E, para o mesmo dia, às 16 horas, em Copacabana. Pela primeira vez, a tropa vai desfilar em Copacabana (…) Um desfile civil-militar. A população vai lá, obviamente, prestigiar o desfile. O pessoal deve ir de camisa verde e amarela. Deve ter alguns protestos, é natural. Da nossa parte aqui, ninguém vai querer protesto para fechar isso ou aquilo. Dá para a gente ganhar essa guerra dentro das quatro linhas. Uma das frases mais mostradas lá deverá ser a questão da transparência, em especial a eleitoral”, declarou o presidente.

“Ninguém está pedindo aqui para dizer que não vai haver eleições. Agora, nós queremos transparência por ocasião da votação e das apurações. E essa transparência, apesar de o TSE ser contra, mesmo depois de ter convidado as Forças Armadas (…) A transparência está sendo proposta pelas Forças Armadas e, até o momento, o TSE não tem se manifestado. Estão prontas as sugestões das Forças Armadas (…) Se o outro lado vai ganhar no primeiro turno, por que não transparência para garantir a vitória do outro lado no primeiro turno? Qual o temor do outro lado, que é contra a transparência? No meu entender, essa suspeição tem que ser dissipada. A eleição não é minha, não é do Supremo, não é do Legislativo, não é do TSE. A eleição é da população brasileira. E nada mais frustrante do que alguém votar e não saber se o voto foi para exatamente quem ele queria, não interessa quem seja. A transparência vai ser uma das frases, nas camisas talvez, mais estampadas lá [nos atos de 7 de setembr]. Vamos comemorar 200 anos de independência e os futuros 200 de liberdade“, completou Bolsonaro.

O presidente comentou diversos outros assuntos na entrevista, como seu apoio a candidatos ao governo do Rio Grande do Sul, redução do ICMS, afrouxamento da legislação para aquisição de armas no Brasil, entre outros. Em determinado momento, ele voltou a criticar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, acusando-o de perseguição na investigação pelo vazamento de um suposto inquérito sigiloso do TSE. “Os inquéritos de Alexandre de Moraes são completamente ilegais, imorais. É uma perseguição implacável por parte dele. A gente sabe o lado dele. E eu falo, estamos jogando dentro das quatro linhas. Falei agora, na minha convenção [partidária] lá no Rio de Janeiro: vamos pela última vez às ruas para mostrar àqueles surdos, poucos surdos, não são todos, que o povo tem que ser o nosso norte. Essa população tem que ser respeitada (…) A gente vê muitos indícios… nessa manifestação do Ministério Público, ele [Alexandre de Moraes] começou a querer investigar mais ainda o presidente sobre um inquérito que eu divulguei no ano passado. Divulguei, sim. E, para quem quiser, é só pedir que eu entrego. O inquérito não tem qualquer classificação sigilosa. E ali no inquérito está bem claro que os hackers ficaram oito meses dentro dos computadores do Tribunal Superior Eleitoral, quem disse isso foi o próprio TSE, inclusive, usando quase uma dezena de senhas, entra elas a do próprio ministro do TSE (…) Esse inquérito não foi concluído ainda. Por quê? Interferências dentro da Polícia Federal! De quem? Não sei”, disse o presidente.

Fonte: JP

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