"É mais um exemplo do nosso conceito de Saúde 4.1, um modelo que incorpora tecnologia às práticas dos nossos profissionais em benefício da população", afirmou a secretária municipal da Saúde, Beatriz Battistella.
O drone ajuda a vencer obstáculos e distâncias, como terrenos baldios cercados por muros, prédios altos e empresas com grande extensão.
Quando um agente identifica uma área assim, ele pode recorrer a essa tecnologia depois de agendar a inspeção. Graças ao dispositivo, são registradas imagens em alta definição que auxiliam na identificação de uma situação de risco, com possíveis criadouros do mosquito.
Foi o que aconteceu no cruzamento das ruas Carmelo Rangel e Bruno Filgueira, no Batel, uma área ocupada por três casas cercadas por tapumes. O agente de combate a endemias Orlando Pereira operou o drone e teve alguma dificuldade por causa das árvores, mas conseguiu encontrar o que procurava: a piscina.
"Está cheia de água. Agora, a equipe do Distrito Sanitário Matriz vai atrás dos proprietários dos imóveis para que eles tomem providências. Água parada é ambiente ideal para a proliferação do mosquito”,
contou Pereira, de olho na tela.
Na semana passada, a equipe encontrou um exemplar do mosquito Aedes aegypti no escritório que fica em frente às casas inspecionadas com apoio do drone.
A intenção da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) é notificar os donos das casas para que façam a limpeza da área (também cheia de entulho) e da piscina (que deve ser coberta ou receber cloro). "As imagens do drone são importantes para embasar eventuais processos administrativos", observou a coordenadora do Programa Municipal de Controle do Aedes, Tatiana Faraco.
A documentação de situações de risco agiliza soluções, principalmente em casos não relacionados a imóveis abandonados. "Às vezes, a notificação já resolve", revelou Tatiana, e os proprietários limpam os terrenos, além de cobrir piscinas e caixas d'água antes que virem criadouro de mosquito.
Curitiba registrou quatro casos autóctones de dengue no mês de maio, todos moradores da região do Distrito Sanitário Boa Vista. Isso motivou o início de uma varredura nesta sexta-feira (19) em busca de criadouros do mosquito e recipientes que possam acumular água.
Dos quatro casos confirmados, três são mulheres e um homem. Todos negam viagem para fora de Curitiba, o que confirma a contaminação na cidade. As quatro pessoas foram atendidas e já passam bem.
O Boletim Informativo da Dengue, divulgado em 10 de abril, ainda não registrava os casos autóctones na capital.
Desde o janeiro, foram confirmados 238 casos de dengue na cidade, todos importados, ou seja, que a contaminação aconteceu em outra cidade. Em 2022, Curitiba registrou 227 casos de dengue, sendo que cinco eram autóctones.
1 – Mantenha bem tampados: caixas, tonéis e barris de água.
2 – Coloque o lixo em sacos plásticos e mantenha a lixeira sempre bem fechada.
3 – Não jogue lixo em terrenos baldios.
4 – Se guardar garrafas de vidro ou plástico, mantenha sempre a boca para baixo.
5 – Não deixe a água da chuva acumular sobre a laje.
6 – Encha os pratinhos ou vasos de planta com areia até a borda.
7 – Se guardar pneus velhos, retire toda a água e mantenha-os em locais cobertos, protegidos da chuva.
8 – Limpe as calhas com frequência, evitando que galhos e folhas possam impedir a passagem da água.
9 – Lave com frequência, com água e sabão, os recipientes usados para guardar água, pelo menos uma vez por semana.
10 – Os vasos de plantas aquáticas devem ser lavados com água e sabão, toda semana. É importante trocar a água desses vasos com frequência.
Fonte: Banda B