Ela precisou fazer outro procedimento. Alessandra conta que precisou voltar para o centro cirúrgico para uma histerectomia total, ou seja, a retirada completa do útero. Ela ficou entubada depois da segunda cirurgia.
Alessandra chegou a ser transferida para outro hospital. Ela foi ao Instituto Estadual de Cardiologia Aloysio de Castro (Iecac), em Botafogo, três dias depois da primeira cirurgia, e foi lá que a família soube o real estado de saúde dela. “Eu estava vendo que a minha filha não iria sair dali viva”, disse mãe da passista, Ana Maria dos Santos.
A equipe médica disse que o braço precisava ser amputado. A mãe explica que o cirurgião lhe informou que o órgão já estava começando a necrosar e, por isso, precisava ser retirado.
O estado de saúde piorou. Depois que a família autorizou a amputação, as condições de Alessandra começaram a se agravar. Ela estava com o rim e fígados quase parando, e correndo risco de contrair uma infecção generalizada.
Ela precisou passar por outros cinco hospitais. A passista conseguiu uma vaga no Hospital Municipal Souza Aguiar, onde conseguiu se recuperar. Ela teve alta apenas no dia 4 de abril.
A família registrou um Boletim de Ocorrência. Segundo Bianca Kald, advogada de Alessandra, familiares já entraram com pedido para ter acesso aos prontuários médicos. Ela pretende entrar com uma ação contra o Estado do Rio de Janeiro.
“Eu quero que o hospital se responsabilize porque eles conseguiram acabar com a minha vida” Alessandra dos Santos Silva
Segundo a Globo, a Secretaria Estadual de Saúde pretende abrir uma sindicância para a apuração do que aconteceu no Hospital da Mulher Heloneida Studart, onde a primeira cirurgia foi feita.
A Polícia Civil informou que o caso foi registrado na 64ª DP (São João de Meriti), e os laudos médicos foram requisitados por agentes.
Fonte: Banda B