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1 em cada 3 pais crê que vacina contra Covid não protege seus filhos, diz Ipec

Por Mais Ceará em 19/04/2023 às 17:49:37

É provável que a taxa de pais que ainda resistem em vacinar seus filhos tenha relação direta com as informações falsas disseminadas contra o imunizante, uma vez que dois terços (67%) dizem ter recebido algum tipo de notícia falsa sobre o tema, e mais de um terço (35%) afirma que tal informação os levou à chamada hesitação vacinal, com especial atenção para as mães (38% de hesitação) e o público mais jovem (45%, 18 a 24 anos, e 40% de 25 a 34).

Em evento realizado na última terça (18) na sede da Associação Médica Brasileira, representantes das sociedades científicas e do Ministério da Saúde uniram esforços para recuperar a alta cobertura vacinal no país.

Dados da pasta de saúde apontam que a maioria das doenças imunopreveníveis da infância atingiu as menores taxas em 2022 desde 2015. Um exemplo é a vacina contra meningite meningocócica, cuja cobertura vacinal caiu de 98%, em 2015, para 73%, em 2022. A pneumocócica, contra pneumonia, caiu de 95% para 76% no mesmo período.

Como a maior fonte de busca de informação sobre vacinas infantis ocorre no consultório pediátrico (41% dos respondentes), o médico Renato Kfouri, diretor de imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria, avalia que é preciso melhorar o treinamento desta categoria de médicos para melhor discutir sobre o tema da vacinação.

“A desconfiança cresce quando algumas doenças eliminadas no passado não fazem parte da rotina dos pais mais jovens, como catapora e coqueluche. É importante pensar na comunicação adequada com esses pais, para enfrentar a desinformação, e os pediatras não estão preparados para isso”, afirma Kfouri.

Entre os desafios listados para conseguir recuperar a cobertura vacinal, a secretária da pasta de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, reforça que são muitos e complexos, e por isso mesmo é necessária uma solução também com múltiplas ações. A dificuldade no acesso aos postos de saúde e o desconhecimento de quais vacinas fazem parte do calendário infantil são alguns dos desafios listados.

“Um dos pontos que iremos trabalhar no ministério são as campanhas de conscientização, a exemplo do que foi feito com a prevenção de acidentes de trânsito com o uso de cinto. E estamos também procurando ações em escolas para estimular as crianças também a participarem com consciência e se vacinarem”, disse.

Ribeiro, da Pfizer, afirma que a farmacêutica trabalha para ampliar o acesso à vacinação em toda a população. “As vacinas são avanços científicos importantes, mas é imprescindível que as doses cheguem não só ao país mas também no braço das pessoas, e para isso estamos trabalhando com as sociedades médicas, profissionais de saúde, secretarias estaduais e municipais e também com a mídia, para disseminar a informação científica e de qualidade sobre vacinas”, diz.

Fonte: Banda B

Tags:   Saúde
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