No próximo dia 14 de novembro é o Dia Mundial de Combate ao Diabetes, incluindo os tipos 1 e 2.
O Diabetes Tipo 2 é uma doença que – na grande maioria dos casos – se adquire com hábitos de vida, sendo que 90% dos casos da doença no mundo está diretamente relacionado ao excesso de peso. Em casos graves e sem controle, a doença pode causar neuropatia diabética, problemas arteriais, doença renal, perda da visão, amputações entre outras consequências.
A decisão das entidades internacionais está embasada em um estudo publicado no The Lancet, uma das mais importantes revistas científicas do mundo. “Uma perda de peso de 15% já foi suficiente para provocar uma importante melhora do diabetes e também do estado metabólico dos pacientes”, conta o médico e cirurgião especialista em cirurgia metabólica para o tratamento de Diabetes Tipo 2, Dr. José Alfredo Sadowski.
Ele explica que a gordura corporal causa resistência à insulina e aumento dos níveis de glicose no sangue, o que pode levar ao diabetes ou agravar o quadro. “Por isso, agora, as entidades internacionais reconhecem que um dos alvos principais para controle do diabetes é a perda de peso”, explica Sadowski.
Seguindo a mesma tendência de que reduzir o peso, possibilita maior controle da doença, desde 2017 o CFM possui regulamentação sobre a indicação da cirurgia metabólica para pacientes que não conseguem controle com medicamentos.
A última Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas (Vigitel), do Ministério da Saúde, aponta que 9,3% da população possui diagnóstico de diabetes.
Os dados da pesquisa revelam também que a doença afeta mais as mulheres (10,3%) do que os homens (8,1%). Já os índices de obesidade na capital paranaense são ainda mais alarmantes. Cerca de 22,6% da população, ou seja, uma em cada cinco pessoas, está convivendo com a obesidade.
Pacientes com Diabetes Tipo 2 precisam de acompanhamento com médico especialista (endocrinologista) e uso de medicações para estimular a produção de insulina pelo pâncreas ou reduzir a absorção de carboidratos (que são convertidos em açúcares pelo organismo). O uso de insulina também pode ser indicado e todo o tratamento está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS).
Cirurgia para o Diabetes – Como em qualquer tratamento clínico, alguns pacientes podem não responder como o esperado. Nestes casos, para evitar a progressão da doença e as consequências do diabetes, a cirurgia metabólica pode ser indicada.
No Brasil, o tratamento cirúrgico do diabetes tipo 2 foi aprovado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) em 2017 e tem como critério de indicação a falha no tratamento clínico e obesidade leve, com Índice de Massa Corporal (IMC) acima 30 kg/m2.
A cirurgia para o diabetes utiliza as mesmas técnicas que a cirurgia bariátrica, é atualmente bastante segura e pode ser feita de maneira minimamente invasiva (sem cortes) através de video cirurgia ou robótica, com pouca dor pós-operatória e rápida recuperação.
Fonte: Banda B