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Flávio Bolsonaro afirma que a liberdade dos brasileiros está em jogo nas eleições de 2022

Por Mais Ceará em 28/03/2022 às 10:32:08

O filho do presidente Jair Bolsonaro (PL) e senador da República Flávio Bolsonaro (PL-RJ) concedeu uma entrevista ao vivo para o Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, nesta segunda-feira, 28, para falar sobre os últimos acontecimentos políticos, a campanha eleitoral do pai e as ações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele concordou com a fala recente do presidente de que a eleição de 2022 seria, na verdade, uma "luta do bem contra o mal" e destacou o que realmente está em jogo: “a nossa liberdade”

“O que está em jogo é a nossa liberdade, em primeiro lugar. É o ex-presidiário tem dito aos quatro cantos que vai, de todas as formas, controlar a mídia, as pessoas têm que entender isso. O Ciro Nogueira, que é nosso ministro, falou muito bem numa entrevista, o Lula de 2022 é completamente diferente daquele Lula de 2002, que enganou muita gente. Hoje é um Lula raivoso, é um Lula com sede de vingança na boca, é uma pessoa que fala abertamente que vai fazer com que o Brasil novamente seja usado como instrumento para financiar ditaduras que perseguem mulheres, que perseguem negros, que perseguem gays, toda retórica que ele usa, ele na prática já está falando o que vai fazer. O mercado, por exemplo, o ex-presidiário gosta de falar toda hora que vai intervir na Petrobras, que vai interferir no mercado. Quer dizer, se hoje o Bolsonaro, as simples interpretações dele quando ganha, os jornais apontam que isso influenciaria a bolsa de valores, influenciaria a subida do dólar, imagina com o ex-presidiário Lula sentado na cadeira de presidente, fazendo tudo aquilo que ele está falando que ele vai fazer. O dólar vai para R$ 10, R$ 15. É algo que é muito óbvio. A instabilidade política que ele poderia causar, todos os investimentos estrangeiros que ele naquela cadeira de presidente poderia espantar também”, disse Flávio.

E continuou: “Hoje, com o governo Bolsonaro, apesar de em três anos, termos dois de pandemia, agora a influência de praticamente uma terceira guerra mundial, ainda assim em relação ao resto do mundo nós conseguimos ter uma inflação controlada. Na Argentina a inflação ultrapassou 50%. O gás subiu mais de 300% na Europa. O combustível subiu mais de 40% nos Estados Unidos, que teve uma inflação próxima de 8%, que não tem precedente na história dos Estados Unidos. Apesar dos pesares, o dever de casa que o presidente Bolsonaro fez com o seu governo foi suficiente para que as consequências da pandemia e dessa crise não se agravassem ainda mais. Então, é sim, a luta do bem contra o mal e nós temos a convicção que, daqui para frente, nós vamos poder explicar cada vez melhor os grandes riscos do outro lado e os grandes benefícios do lado de cá”.

O senador ainda comparou a situação atual de apoio do Centrão ao passado, afirmando que as alianças são traçadas sem casos de corrupção. “Tentam comparar sempre a saída do Bolsonaro do "pseudo-centrão" como se fosse algo igual ao que o PT fez no passado, é completamente diferente também. É muito diferente um governo comprar com mala de dinheiro o voto de deputado e, agora, com alianças, com aqueles parlamentares que já têm votado conosco no parlamento, na Câmara e no Senado Federal, permitir que eles participem das tomadas de decisões sobre o que é feito com orçamento, por exemplo, isso é totalmente legítimo, democrático, do meu ponto de vista é um pragmatismo positivo. Então, hoje o PL é o maior partido do Brasil, já são 65 deputados. Ontem houve anúncio oficial do apoio do Republicanos ao presidente Bolsonaro nessa campanha de 2022, o Progressistas também já está conosco. Estou falando de três partidos que já estão na base do presidente Bolsonaro e, hoje, somados têm 152 deputados federais, ou seja, 30% Câmara. Isso, sem dúvida alguma, não é ir para o Centrão por causa de poder. É impossível governar sem ter esses partidos, que são a grande maioria na Câmara dos Deputados e no Senado Federal. Eu estou bem feliz com esse momento. E em breve ainda teremos mais anúncios de partidos que podem vir para essa composição conosco”, comentou.

Questionado sobre o ato de filiação do PL no final de semana, em que o presidente discursou em tom de campanha, Flávio afirmou que vê pesos e medidas diferentes nas ações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e que, por isso, a equipe eleitoral de Jair Bolsonaro tem tomado cuidado para não arranjar problemas legais e judiciais em seus movimentos. “Existe gente no TSE que parece que dorme e acorda pensando em Bolsonaro. E óbvio que tudo isso a gente leva em consideração na hora de fazer um grande evento como esse, porque a gente sabe que o que vale para um pode não valer para gente. Buscamos aqui obviamente sempre estar dentro do que nós entendemos ali, de não estar desrespeitando de forma alguma a legislação eleitoral, tudo que o Bolsonaro quer é uma eleição tranquila, uma eleição transparente, uma eleição segura e acredito que é isso que o TSE também quer, então não há porque ficar esse jogo de versões de um contra o outro”, afirmou o senador.

“O que nós estamos pedindo é o que nós estamos ouvindo das ruas. Se o voto impresso não foi possível porque o Congresso não aprovou, era o que a população queria, se tem ali cerca de 20% da população, segundo pesquisas oficiais, que eu sou bastante cético em relação a elas, mas se tem 20% oficialmente da população que não confia 100% nas urnas, é preciso que o TSE tome medidas para que isso não aconteça, como já tem tomado inclusive. Já vi algumas publicadas inclusive em diário oficial que vem trazer segurança jurídica às eleições que, no meu ponto de vista pelo menos, dificulta as possibilidades de manipulações nos resultados. A gente fez ontem, por exemplo, muito preocupados com isso. Teve um momento lá que alguém na plateia gritou o nome de um candidato e, o presidente Bolsonaro imediatamente falou que aquilo não era um evento eleitoral, era um evento de filiação partidária, então a gente está bem consciente disso, de boa fé, e sempre abrindo as portas para que o TSE possa participar de qualquer evento que nós viemos a fazer, sem nada a esconder de ninguém, mas é uma preocupação, um cuidado a mais que nós tomamos. Não são poucas as medidas e as iniciativas que uma outra ou outra pessoa aqui na cúpula do judiciário toma que se aplica a Bolsonaro e não se aplica aos outros. O que seria normal, uma festa da democracia, um lançamento de uma pré-candidatura, só que há um hiato na legislação que pode dar margem a interpretações de que um uma mobilização, um evento como esse, é uma antecipação de campanha, e isso pode vir até caçar uma chapa de um candidato a presidente da República. A gente toma esse cuidado, mas ontem o evento não teve nenhuma aresta que pudesse ser imputado ali qualquer infringência à legislação eleitoral”, disse.

O final de semana passada também contou com diversos protestos de artistas no festival Lollapalooza conta o presidente Bolsonaro. Ao ser questionado sobre a decisão do TSE de proibir tais manifestações, considerando-as antecipação de campanha e comícios, Flavio disse não considerar que a decisão abra um precedente contra os atos do presidente, como motociatas e o próprio evento de filiação do PL. “Não tem nenhuma contradição, porque o que eu estou falando aqui é nosso cuidado ao fazer o evento de ontem, como é sempre, vai ser daqui para frente, é não não permitir com que as brechas que existem na legislação eleitoral, aquilo que pode ser subjetivamente interpretado contra nós, que possamos diminuir a possibilidade disso resultar em alguma infringência por interpretação do TSE. O que aconteceu naquele show de horrores lá, de um de um homem vestido lá… e levantando bandeira do Lula, pedindo voto para o Lula (sic), aquilo é expressamente proibido na legislação. Todo mundo sabe disso. Um artista não pode pedir voto para ninguém diretamente, não pode usar aquele palanque, já que há ali um grande centro de atenções, de pessoas assistindo aquilo, participando daquilo, portanto pode vir a influenciar, sim, na cabeça do eleitor, como foi feito por essa pessoa nesse show. Ele levantou a bandeira do ex-presidiário, ele pediu voto político (sic) ao ex-presidiário, pediu voto em Lula (sic) e isso é expressamente proibido na legislação. E quem não concorda com isso tem que mudar a lei. A minha preocupação é com a interpretação daquilo que não está muito claro na legislação. É bem diferente daquilo que a gente sabe que é proibido. Aquilo é proibido. Eu achei até que a sanção que foi aplicada foi pouco, porque é um convite para que novas manifestações ilegais e que influenciam na eleição e que atacam a legislação eleitoral venham acontecer. É muito diferente uma coisa da outra. Ontem havia vários artistas querendo participar desse evento de filiação do PL, artista sertanejo, os artistas gospel e que nós agradecemos o convite e pedimos para que não aconteça isso, porque a gente não sabe se com a gente o peso vai ser igual ao que é usado com outros”, opinou Flavio.

Sobre as estratégias de campanha para a corrida presidencial, Flavio destacou ponto positivos do pai. Ele disse que, daqui para a frente, a equipe do presidente terá mais oportunidades de mostrar tudo o que foi feito de bom durante o atual governo, apesar das dificuldades do momento, como a pandemia da Covid-19 e a guerra na Ucrânia. “Eu tenho uma uma cabeça muito prática com relação às coisas. Óbvio que tem um limite ali que o próprio presidente Bolsonaro riscou uma linha no chão quando veio quando veio a Brasília, quando assumiu o mandato, para fazer diferente do que acontecia no passado. A gente tem pesquisas internas que mostram que a essa campanha maciça de distorcer o que o Presidente fala, de não comunicar a verdade daquilo que de fato de bom que o presidente Bolsonaro faz. Isso óbvio que tem um impacto no eleitor. Isso não quer dizer que o Bolsonaro está errado, não. A gente tem que comunicar de uma forma diferente. Por exemplo, os eleitores nas pesquisas acham que quem comprou a vacina foi o prefeito da sua cidade, foi o governador, quem comprou todas as vacinas de Covid-19 no Brasil foi o governo Bolsonaro, isso é inegável, isso é um fato, não dá para você querer distorcer isso. E as pesquisas mostram que a população interpreta, percebe, de uma forma diferente. Então, assim, óbvio que a gente tem essa preocupação”, pontuou o senador.

Fonte: JP

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