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Número de doações e transplantes de órgãos e tecidos caiu durante a pandemia no Paraná

Por Mais Ceará em 02/02/2022 às 21:16:44

“Em segundo lugar, as pessoas que estavam na lista de transplante, quando não era uma emergência, elas optaram por não serem tratadas naquele momento. Muitas pessoas não foram ao médico durante mais de um ano. Cirurgias eletivas deixaram de ser realizadas por muitos meses para que os serviços de saúde se concentrassem no combate à Covid-19”, acrescentou.

Córnea

Já os transplantes de córnea, em escala nacional, sofreram a maior queda, com uma redução de 56% de 2019 para 2020, resultando na segunda maior fila de espera do país.

“Para córnea, todo paciente é um potencial doador. A faixa etária entre 10 e 60 anos é a idade em que mais se aproveita a córnea. Isso porque temos uma viabilidade celular maior, uma resistência tecidual melhor. As córneas muito jovens são muito elásticas e as muito idosas tem uma celularidade prejudicada”, esclareceu Fonseca.

Paraná

Apesar do panorama apresentado por todos esses números, o Dr. João Nicoluzzi, médico responsável pelo Serviço de Transplantes do Hospital Angelina Caron, acredita que o Paraná sofreu muito menos com isso do que outros estados do país.

“Na maior parte dos momentos, o Paraná foi muito menos afetado que a maior parte dos estados do Brasil nesse sentido de doação de órgãos. Quando a pandemia estava mais forte na capital, existia uma doação boa no interior que mantinha a demanda de doação e de transplante. Quando o coronavírus avançou para o interior, a situação já estava mais calma em Curitiba, então as doações foram trocando de local”, disse o médico.

Nicoluzzi explica que qualquer pessoa pode ser uma doadora de órgãos, desde que não seja portadora de doenças transmissíveis (aids, por exemplo), de infecções graves e de câncer generalizado. É importante manifestar essa vontade em vida e, especialmente, que o procedimento seja autorizado pela família do paciente.

“Todos são potenciais doadores. O doador ideal é alguém jovem, que não tinha outras doenças, esse pode ajudar até 10 pessoas. O doador mais velho também pode salvar vidas, mas nem sempre todos os órgãos podem ser aproveitados”, explicou Nicoluzzi.

Em vida, quando a pessoa é saudável, também é possível doar rins ou parte do fígado para um familiar próximo (até 4ª grau consanguíneo). Quando a doação de um rim ou parte do fígado for para uma pessoa não aparentada é necessário autorização judicial.

Quais órgão podem ser doados?

Coração, rins, pâncreas, pulmões, fígado e também tecidos, como: córneas, pele, ossos, valvas cardíacas e tendões. Ou seja, um doador pode ajudar muitas pessoas.

Como fica o corpo?

Os órgãos doados são removidos cirurgicamente e antes de ser entregue a família o corpo é reconstituído condignamente e sem deformidades, podendo ser velado normalmente

Quem recebe?

Os órgãos doados são destinados a pacientes que necessitam de transplante e estão aguardando em uma lista única de espera. Esta lista é fiscalizada pelo Sistema Nacional de Transplantes do Ministério da Saúde e Centrais Estaduais de Transplantes. A seleção de um paciente que aguarda por um transplante, ocorre com base na gravidade de sua doença, tempo de espera em lista, tipo sanguíneo, compatibilidade anatômica com o órgão doado e outras informações médicas importantes. Todo o processo de seleção dos potenciais receptores é seguro, justo e transparente.

Fonte: Banda B

Tags:   Saúde
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