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Hospital Pequeno Príncipe liga o alerta após explosão e recorde de casos de crianças com Covid-19

Por Mais Ceará em 31/01/2022 às 18:03:51

O Hospital Pequeno Príncipe (HPP), em Curitiba, maior hospital pediátrico do país, está em alerta após registrar recorde no número de casos de Covid-19 em crianças. De acordo com a instituição, desde o início da pandemia, nunca foram observados tantos internamentos pela doença como neste mês de janeiro.

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Foto: Pixabay

Conforme o médico infectologista pediátrico Victor Horário, vice-diretor técnico do HPP, a explosão de casos aconteceu nos últimos dias.

“Especificamente neste início de ano nós tivemos um aumento significativo no número de casos. De 1º de janeiro a 20 de janeiro, nós tivemos 291 casos confirmados. Do dia 21 de janeiro a 26 de janeiro foram 148 casos. Então, em cinco dias praticamente a metade do que tínhamos confirmado em 20 dias. É um número que nos preocupa e nos deixa em alerta com a população pediátrica, que ainda não está vacinada”, disse à Banda B.

Até a última sexta-feira (28), foram 520 crianças infectadas com Covid-19. O número representa cerca de 40% do total registrado em todo o ano passado, quando foram contabilizados 1.295 casos. Ao todo, oito crianças estão na UTI e 18 em enfermarias no HPP.

Segundo Victor Horário, há uma preocupação com os bebês com menos de um ano, que estão tendo complicações e sofrendo com miocardite.

“São desde crianças que têm doenças de bases até crianças hígidas. Sendo que o cenário atual é muito preocupante para crianças com menos de um ano, pois as três crianças que temos nessa faixa etária apresentaram comprometimento cardíaco, que pode ser transitório agora pela doença ou persistente mesmo após a cura da mesma”, afirmou.

Além disso, mais de 42% dos testes feitos no HPP em janeiro deram positivo para Covid-19. Ou seja, a cada 100 pacientes que testaram, 42 estavam com o coronavírus.

Diante disso, o especialista destaca a importância da vacinação das crianças que já foram convocadas e, principalmente, dos pais para tentar blindar o alcance do vírus nas famílias.

“A gente reforça a importância de os pais se imunizarem e, mesmo imunizado, continuar utilizando a máscara, a higienização das mãos e evitando aglomeração. Porque a vacina protege contra internamentos, contra a forma grave e até mesmo a mortalidade. Mas ela não evita a doença na forma mais leve, que pode fazer com que você se torne um transmissor”, reforçou.

Fonte: Banda B

Tags:   Saúde
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