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Estados menos populosos têm maior avanço recente da Covid-19

Por Mais Ceará em 05/06/2020 às 13:00:08

 

Os estados do Centro-Oeste e o Distrito Federal, que figuram entre as unidades da federação com menos casos do novo coronavírus no país, também registram um movimento semelhante de crescimento no úmero de casos da Covid-19.

Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal tiveram um avanço superior a 70% nos últimos dez dias. As quatro unidades da federação adotaram medidas de isolamento mais brandas.

O Distrito Federal, por exemplo, já havia autorizado o funcionamento do comércio, liberou a abertura de shoppings e centros comerciais com horário reduzido na última semana.

Nos estados do Norte, do país Rondônia e Tocantins são os que têm maior taxa de crescimento dos casos do novo coronavírus. Em Porto Velho (RO), o sistema de saúde colapsou, com 100% dos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) ocupados.

Entre os estados mais populosos, Minas Gerais é o que registrou maior taxa de crescimento nos últimos dez dias. O número de casos teve aumento de 72%, saltando de 6.962 para 12.010.

O aumento tem sido uma tendência, especialmente no interior, onde há cidades com 90% dos leitos de UTI ocupados na rede municipal, caso de Uberlândia.

Em transmissão nas redes sociais nesta quinta-feira, o secretário estadual de Saúde Carlos Eduardo Amaral afirmou que o crescimento do número de casos se deve a um aumento na testagem no interior, com mais casos confirmados sendo comunicados.

"Devido à descentralização dos testes rápidos, tivemos um aumento significativo dos testes e exames realizados pelos municípios e com isso passamos a ter uma totalização de casos maior", afirmou.

Analisando números de testes RT-PCR, considerados mais confiáveis na detecção do vírus, Minas não teve um aumento significativo nos últimos dez dias. Na rede pública, eles passaram de um total de 20.142 no dia 25 de maio para 22.976 no dia 3 de junho.

Entre os estados mais afetados pelo novo coronavírus, caso de São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará, o avanço do número de casos variou entre 47% e 54% nos últimos dez dias, índice ainda considerado preocupante. Apesar disso, alguns deles começaram a adotar medidas de flexibilização.

O estado de Pernambuco é o que teve melhor desempenho, com um crescimento de 28% entre 25 de maio e 3 de junho.

Com medidas restritivas desde 13 de março e após passar 15 dias em quarentena mais rígida, o estado começa a sair da fase considerada crítica da pandemia, de acordo com o governo estadual.

O governo informa que a estabilização ainda não está completamente consolidada, mas a diminuição da fila por vaga de UTI, do número de casos e da quantidade diária de óbitos permite avaliar que não há mais um crescimento exponencial da doença. No início de maio, a fila de UTI chegou perto de 300 pacientes. Agora, há menos de 100.

"Os dados da saúde mostram que a epidemia teve uma estabilização em Pernambuco. Mas esta não é uma condição estática, obedece a uma dinâmica com muitas variáveis", disse o governador Paulo Câmara (PSB).

Na próxima segunda-feira (8), o estado terá uma retomada gradual das atividades econômicas, com a liberação do comércio atacadista e de obras de construção civil, desde que atuem com 50% da carga de trabalhadores.

Fonte: Banda B

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