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Covid-19 pode deixar graves sequelas na visão, aponta estudo

Por Mais Ceará em 28/01/2022 às 22:06:59

O oftalmologista do Hospital de Olhos do Paraná, Murilo Dallarmi Carneiro, destaca a necessidade de um acompanhamento com um especialista, tanto em que já apresentou sequelas na visão quanto em quem ainda não apresentou sintomas.

“O check up oftalmológico é muito importante, pois, como vimos, a infecção por Covid pode causar alterações vasculares na retina principalmente em pacientes que tiveram as formas moderadas e graves. Efeitos secundários aos tratamentos também podem ser observados. Pacientes graves muitas vezes necessitam de doses altas de corticoides, ficando assim mais propensos ao desenvolvimento de catarata medicamentosa”, explica o oftalmologista.

Dallarmi afirma também que pessoas recuperadas do Covid que tem hipertensão e diabetes, devem redobrar os cuidados.

“Pacientes do grupo de risco com hipertensão arterial sistêmica e diabetes podem vir a ter descontrole dessas doenças e desenvolver ou piorar a retinopatia diabética e hipertensiva. Variações ou flutuações do grau também podem ocorrer. Apenas o exame oftalmológico completo auxilia na avaliação e diagnóstico dessas possíveis complicações”, afirma.

Caso oftalmológico grave no pós-Covid

Em maio do ano passado, a professora Josane Aparecida Hammerschmidt, de 47 anos, foi diagnosticada com Covid-19. Chegou a ficar internada, mas felizmente foi curada, porém, as sequelas apareceram. Ela foi diagnosticada com Mucormicose, uma infecção rara conhecida como “fungo negro”, causada pela exposição a um tipo de mofo comum. A doença tem taxa de mortalidade geral de 50% e atinge principalmente pacientes diabéticos ou imunossuprimidos. Suspeita-se que o fungo negro pode ser desencadeado nos pacientes pelo uso de esteroides durante o tratamento da Covid-19.

“Este foi um caso grave de sequelas na visão que o Coronavírus deixou. Foi realizado tratamento com antifúngico sem boa resposta, sendo necessário retirada do globo ocular, parte do osso da maxila e parte dos ossos do crânio para conter a infecção. A paciente posteriormente foi submetida a cirurgias plásticas para reconstrução da face e órbita e mantém acompanhamento oftalmológico para tratamento do outro olho que apresentou sequelas menores. Apenas o exame oftalmológico completo auxilia na avaliação e diagnóstico dessas possíveis complicações”, relata o doutor Dallarmi.

Fonte: Banda B

Tags:   Saúde
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