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Ex-ministro do Trabalho de Temer rebate Lula e diz que reforma trabalhista modernizou emprego

Por Mais Ceará em 07/01/2022 às 09:37:57

O ex-ministro do Trabalho do governo Michel Temer (MDB), Ronaldo Nogueira, subiu o tom contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que defendeu a revogação da atual Reforma Trabalhista. Para Nogueira, o regime vigente de trabalho modernizou a forma de empregar as pessoas no país. “Essa narrativa que a modernização trabalhista violou direito não prospera, a modernização trabalhista, pelo contrário, consolidou direitos, trouxe segurança jurídica nas relações de trabalho e, por consequência, segurou o emprego. Tem um dado importantíssimo que, no Brasil, de cada 100 empregos gerados, 80 empregos são assegurado por micro e pequena empresa. A grande realidade é que a modernização trabalhista tirou o medo do trabalhador contratar”, disse.

Nesta semana Lula e a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, usaram sociais para criticar a Reforma Trabalhista. O petista postou o seguinte texto: “É importante que os brasileiros acompanhem de perto o que está acontecendo na Reforma Trabalhista da Espanha, onde o presidente Pedro Sanchez está trabalhando para recuperar os direitos dos trabalhadores”. As autoridades espanholas anunciaram a revogação da reforma trabalhista, aprovada em 2012, após o aumento da taxa de desemprego no país. Para o ex-presidente Lula, a reforma trabalhista não cumpriu a promessa de geração de novos empregos. Segundo ele, tirou os benefícios do trabalhador.

Eduardo Pastor, especialista em relação do trabalho, também é contra a revogação da legislação. “A reforma trabalhista não veio com a promessa de gerar empregos, veio com a promessa de trazer segurança jurídica, um ambiente mais amistoso, racionalizar o processo do trabalho, tornar as relações de trabalho um pouco menos conflituosas e tudo isso ela conseguiu. Foi um grande passo, foi um grande avanço para o Brasil. Realmente, em termos qualitativos a reforma trabalhista melhorou muito o ambiente das relações trabalhistas”, opinou.

A Pnad Contínua, pesquisa nacional por amostra de domicílios do IBGE, apontou que em 2017, antes da mudança da legislação, a desocupação era de 12,6% e que, dois anos depois, em 2019, antes da pandemia, a desocupação estava em 11,8%. Já em 2021, com a crise sanitária, o mercado de trabalho sofreu um novo golpe e o desemprego tem oscilado acima disso, entre 14,7% e 13,2%.

*Com informações do repórter Maicon Mendes

Fonte: JP

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