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Prefeitura do Rio inclui pessoas que fizeram cirurgia bariátrica como prioridade para vacinação

Por Mais Ceará em 02/06/2021 às 16:22:47

“Isso gerou um transtorno para os médicos diante do número de solicitações, lotando os consultórios médicos dos cirurgiões do município do Rio”, informou.

O cirurgião Maurício Emmanuel conta, por exemplo, ter sido procurado por pacientes que não via havia 15 anos.

À Folha de S.Paulo, a SBCBM afirmou que, diante da impossibilidade física de atender a toda esta demanda, ofereceu à Secretaria Municipal de Saúde acesso ao cadastro de um aplicativo, onde pacientes registram seus dados pessoais e informações sobre os procedimentos a que foram submetidos, como documento de comprovação oficial da realização da cirurgia bariátrica.

“O número de cadastros no aplicativo da SBCBM aumentou em mais de 10 mil neste período”, relata.

Questionada, a SBCBM disse também que não foi previamente consultada sobre a iniciativa.

“Não houve uma consulta oficial, nem informal. A decisão de incluir os pacientes bariátricos no programa municipal de imunização foi da Secretaria Municipal de Saúde do Município do Rio de Janeiro”.

A inclusão ocorreu depois de o secretário municipal de Saúde do Rio de Janeiro, Daniel Soranz, dizer, em entrevista ao vivo, que pessoas submetidas à cirurgia bariátrica teriam prioridade na lista de vacinação.

Procurada desde a sexta-feira (28), a Prefeitura do Rio não explicou por que esses pacientes figuram na lista de prioridades.

Em nota assinada pelo presidente da entidade, o médico Fábio Viegas, a SBCBM salienta que “a cirurgia bariátrica não é um fator de comprometimento da imunidade” e orienta seus associados a seguirem rigorosamente as orientações do PNI (Plano Nacional de Imunização), que não inclui pacientes operados na lista de prioridades.

O PNI aponta a obesidade mórbida como fator de risco, definindo as pessoas com índice de massa corpórea igual ou maior de 40.

Ainda segundo nota encaminhada à reportagem e publicada no site da entidade, “a cirurgia bariátrica diminui em 48% o risco de mortalidade por Covid-19, diminui em 113% o risco de internação, diminui em 74% o risco de UTI e em 64% o risco de entubação”.

O cirurgião Maurício Emmanuel ressalta que o benefício da cirurgia é o controle de doenças associadas à obesidade e que o simples fato de ter sido operado não inclui o paciente no grupo de risco da doença.
“A sociedade advoga para que todos tomem a vacina. E ficamos na situação antipática de impedir que operados se vacinem”, afirmou.

Fonte: Banda B

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