Nesta terça-feira (4) marca o Dia Mundial da Asma. Estima-se que no Brasil existem aproximadamente 20 milhões de pessoas convivendo com essa doença crônica, segundo a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT). E a asma tem impacto na realidade dos portadores, sendo uma causa importante de faltas escolares e no trabalho – afeta tanto crianças quanto adultos. Segundo o DATASUS, o banco de dados do Sistema Único de Saúde (SUS) vinculado ao Ministério da Saúde, ocorrem no país, em média, 350 mil internações anualmente, sendo a terceira ou quarta causa de hospitalizações pelo SUS.
A asma é uma condição dos pulmões que resulta em uma doença inflamatória que não tem cura definitiva, apenas tratamento e controle.
Antes da pandemia do coronavírus, três brasileiros morriam de asma todos os dias. Porém, atualmente, a inflamação pulmonar, que limita o fluxo de ar nas vias aéreas ou brônquios, é considerada uma das principais comorbidades relacionadas à Covid-19.
Para o pneumologista Irinei Melek, presidente da Associação Paranaense de Pneumologia e Tisiologia (APPT), “levando-se em conta o caráter tratável da doença, uma data como essa é importante no calendário da saúde para que as pessoas se conscientizem e façam o tratamento certinho”.
Ainda mais nesse momento de crise pandêmica, ele alerta aos doentes crônicos que se cuidem e não sobrecarreguem as emergências devido à falta de tratamento adequado.
“É preciso chamar a atenção porque essa doença não é brincadeira, é bastante prevalente no mundo ainda. Ocorrem seis mortes por dia no Brasil de asma”, pontua.
A alimentação tem um papel fundamental no controle da asma, pois a ingestão de alguns alimentos pode amenizar os sintomas.
“Os alimentos que são fontes de antioxidantes, encontrados em legumes e frutas vermelhos, alaranjados e amarelos e em vegetais verde-escuros podem ter efeito protetor contra a asma. Além disso, o consumo de ácidos graxos poliinsaturados encontrados em alguns cereais, óleos vegetais e alimentos de origem animal também influencia positivamente no controle de processos inflamatórios”, explica Angela Federau, nutricionista e especialista em saúde da mulher.
Fonte: Banda B