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Pfizer fala em conseguir vacinar "milhões de brasileiros" no 1º semestre de 2021

Por Mais Ceará em 18/11/2020 às 22:51:32

O resultado de 95% de eficácia é considerado excelente. O imunizante se mostrou extremamente seguro. Os efeitos adversos registrados com mais frequência foram muito leves, como dor ou incômodo no local da injeção. Problemas como fadiga e dor de cabeça só foram registrados em 3,8% dos casos e foram fugazes.

O registro emergencial significa que a vacina começará a ser usada sem que a fase três tenha sido totalmente concluída. Os voluntários serão acompanhados ainda por mais dois anos para que se possa estabelecer a duração da eficácia do imunizante. Cientistas consideram que, em uma pandemia, essa informação se torna secundária.

Imunizante também protege idosos

Inicialmente, a vacina deve ser disponibilizada para pessoas em grupos de risco, como profissionais de saúde e idosos."Estávamos trabalhando com uma estimativa de eficácia de 70%; o resultado foi excepcional, significa que de cada cem vacinados, 95 estão protegidas", contou o infectologista Edson Moreira, coordenador do estudo da Pfizer no Brasil. "Nenhuma vacina é 100% eficaz. Gosto sempre de lembrar do exemplo da vacina da varíola, que tem eficiência de 80%, mas conseguiu erradicar a doença em todo o mundo."

Além disso, como ressalta Moreira, a vacina se mostrou igualmente eficaz (94%) entre pessoas com mais de 65 anos, justamente os mais vulneráveis ao novo coronavírus. "Isso é muito bom porque, em geral, a eficácia das vacinas diminui com a idade, uma vez que o sistema imunológico envelhece e se torna menos eficiente", afirmou. "É extremamente importante que possamos oferecer uma proteção dessa magnitude a pessoas desse grupo de risco."

O ensaio clínico mostrou também que a vacina é eficaz tanto para proteger a população de formas leves e moderadas da doença, quanto das formas graves.

O grande desafio agora diz respeito ao armazenamento e transporte da vacina, que requer temperaturas de menos 70 graus Celsius para se manter estável. Isso pode ser um desafio para países continentais como o Brasil.

"A alternativa que a empresa está oferecendo é transportar as vacinas em contêineres especiais com gelo seco, que manteriam a vacina viável por quinze dias. Além disso, o produto ainda se mantém estável por mais cinco dias em um freezer normal", explicou Moreira. "É um desafio, mas é o tipo do problema que estávamos loucos para ter de enfrentar. Até pouco tempo atrás não tínhamos vacina, o que era um problema maior."

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Fonte: Banda B

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