Eline, que tem outros dois filhos, ia ao hospital três vezes por semana para acompanhar o desenvolvimento da filha. Ela e a menina fortaleceram laços com os funcionários da UTI, que hoje são a segunda família de Eloísa.
Ao longo dos três anos, os profissionais trabalharam para tentar fazer o desmame da ventilação mecânica da menina, que apresentou evolução.
No começo do ano, Eloísa foi transferida da UTI do hospital para a unidade de internação e nesta terça pôde receber a alta, tão sonhada pela mãe.
“A sensação que tive [quando os médicos deram alta] foi de que havia um milagre. Quase morri de felicidade. No dia que ela saiu, foi como se estivesse nascendo novamente”, lembra.
A menina ainda tem um longo caminho a percorrer, fazendo terapias que possibilitem a fala e melhorem a movimentação dela. A ida para casa, porém, sinaliza uma esperança para a família, que mora no município de Paraíso, a mais de 60 quilômetros de Palmas.
“Eu nunca tinha feito nem mesmo a decoração do quartinho, pois ela não tinha expectativa nenhuma de vida, segundo os médicos”, conta Eline.
Ainda nesta terça, no primeiro dia de casa nova, a menina dormiu sem qualquer intercorrência ou estranhamento no espaço há tanto tempo planejado para ela, ao lado de bonecas, quadros decorados e objetos personalizados com carinho pela mãe.
“Realizei meu sonho de decorar o quartinho, e melhor ainda, com ela aqui com a gente. Decorei com coisas simples, mas de coração”, afirma.
O contato com os funcionários do hospital pode não ser diário como era antes, mas a mãe garante que eles continuarão nos pensamentos dela. “Eles viraram família. Agradeço a Deus todos os dias pela vida de cada um deles”, diz.
Fonte: Banda B