tudo passa

A dualidade das coisas

Por Dr Alex Curvello

Por Mais Ceará em 23/09/2021 às 06:39:22

A ideia de que boa parte da humanidade precisa de duas histórias para viver, existe no contexto de que com isso, poderá questionar, discutir e até brigar pelo que acredita, tentando descredibilizar a versão quem não concorda com a versão dominante.


Diante desse contexto inicial, é de onde os políticos maléficos que a história já demonstrou existir, provocam uma narrativa onde todos nós, acabamos por ser participantes involuntários de uma possível guerra, geralmente com uma população enfraquecida que acaba lutando uns contra os outros.


Tais guerras podem ser entre países, ou até uma guerra possivelmente civil, dentro do próprio país.


A dualidade existente vai desde o céu e o inferno, passando pela política com o capitalismo e comunismo, com a história entre gregos e troianos, até a vacinar ou não vacinar e a mais recente gerada pela OAB nacional em poder ostentar ou não.


Tudo gerando discussões e temores do que pode acontecer se os pensamentos distintos levarem as vias de fato.


Quase sempre, quem defende o que acredita gera uma narrativa de ilusões e espelhos destorcidos para conquistar mais espaço e poder, muito provavelmente com a implantação do medo que gera a condição do domínio.


O que muitas vezes acontece com a narrativa da dualidade, é que quem está no domínio, tenta ridicularizar a opinião contrária ou muitas vezes até calar, gerando uma "Espiral do Silêncio", trata-se de uma teoria da ciência política e comunicação de massa proposta em 1977 pela alemã Elisabeth Noelle-Neumann, onde o indivíduo não suporta e tem pavor de expressar sua opinião se for de encontro ao que a maioria pensa.


Definitivamente omitem sua opinião quando conflitantes com a opinião dominante devido ao medo do isolamento e da crítica, gerando a "cultura do cancelamento", tão presente me nossas vidas.


Aqui não venho, defender ou criticar nenhuma das dualidades acima expostas, apenas expressar que quase sempre acaba por parte da humanidade doente, com medo e dominada.


Trazendo esse breve relato para nosso país e nossa realidade, entendo que deve sempre ser garantido e mantido o direito unilateral de qualquer paciente, em respeito aos direitos humanos universais, em obediência a Constituição Federal de 1988, Código de Nuremberg, Declaração Universal dos Direitos Humanos, Declaração de Genebra, Declaração de Helsinki, Pacto de São José da Costa Rica, Direito a Integridade Pessoal, Convenção Americana de Direitos Humanos, Decreto 678/92 e Código Civil de 2002.


Nesse mesmo diapasão, a todo ser humano deve ser garantida a privacidade, a liberdade de expressão, liberdade de ir e vir, com a ausência de interferência em sua vida privada, sua integridade física, psíquica e moral.


Com isso, toda ação do Estado deve garantir ao ser humano, sua segurança pessoal, alinhado à saúde e bem-estar, que estão acima do interesse do próprio Estado e de qualquer empresa, ciência e religião, garantindo assim, a proteção da sociedade e em respeito ao livre arbítrio de qualquer indivíduo.


É válido salientar que acima de qualquer profissão, existe o ser humano, que em sua essência é livre desde seu nascimento, não possui patente a qual pertença, devemos ter consciência de que a liberdade é primordial e acima de qualquer conduta repressiva.


Destarte, qualquer coisa imposta, inquisitiva e forçada, ocasionada para tentar solucionar qualquer dualidade em questão a ser discutida e ainda contrariando os preceitos elencados acima, beira a ditadura.



Fonte: Dr Alex Curvello

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